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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Corumbá (BR) - San Jose de Chiquitos (BO) - 11,0 Km em 06 horas e Onde está o Wally?.

Sim, foram 11,0 Km em seis horas, foi o tantinho de Km rodado em um tantão de tempo. Saimos  do hotel em Corumbá, após um mais do que fantástico café da manhã, dirigimo-nos às 8h30m para a fronteira, enfrentando inicialmente uma portentosa fila na Polícia Federal brasileira. Sim, para você sair do Brasil reza a lenda de que há necessidade imperiosa de obter um fabuloso papel que será exigido na Bolívia, e eu acreditei. Óbvio que em nenhum momento se quer me pediram esse papel. Por conta disso, perdi 1 hora. Salve a burocracia brasileira, acho que sem esse papel eu jamais poderia reentrar em meu País.


Nessa epopéia de parar aqui e vai alí e depois retorna para aquela seção, movimentavamos as motos e em uma dessas o Zilmar comprou seu  primeiro terreno, nada grave com ele e a moto, ambos não tiveram um arranhão se quer já que o piso era de terra batida.

Conto isso para informar que em relação às 5 horas restantes eu perdi na Bolívia fiquei matutando em um cálculo quanto custa o homem hora do servidor do Brasil em relação ao da Bolívia. Lógico, que para o contribuinte dos dois países, o maior custo foi suportado para os brasileiros. Enfim, nos lascamos e somente pudemos sair da trepidante metrópole de Puerto Suarez em torno de 15h00. E não foi apenas a gente, ao memos pudemos conhecer mais pessoas audaciosas.

Aí segue algumas fotos desse momento:

Matilde, casada com Mateo, dois agronomos franceses e a filhinha deles de 2 anos Elouanne

O Jipe que eles estão usando nos 4 meses de viagem pela América do Sul

Mateo, o agrônomo que mora na Guiana Francesa com a família

Santiago Zuniga (Chileno que mora em São Caetano), Aylton Baffa (Santoa André)
e Marcelo Clemente (São Caetano). O ABC viajando com a Veraneio 1974 ao fundo pela América do Sul


Os trâmites foram realizados nessa agradável temperatura a sombra
A marcação debaixo é a temperatura externa e a de cima  a interna,
a que nós experimentamos com as roupas de moto


Após os infindáveis procedimentos burocráticos fizemos uma refeição leve e em seguida partimos em direção à cidade de San José de Chiquitos. O calor era extremo, o termômetro chegou a marcar 41º externo. A estrada é muito boa, com um asfalto perfeito e logo após a cidade de El Carmen é pavimentada com concreto (cimentada), coisa de primeiro mundo. Mas, como nem tudo são flores, a pista serve de travessia para pequenos rebanhos de gado bovino e equino que passeiam desacompanhados livremente.

Os galões reservas não foram abastecidos com gasolina por conta das informações de que haveria postos de combustíveis abertos pelo caminho. A cidade marcada para abastecimento era Roboré, mas quando estavamos próximos a ela eu estava desgarrado do grupo por conta de uma ultrapassagem em que fui o último a realizá-la. Zilmar entrou por um acesso secundário e seguiu para a cidade, o Cristiano que estava seguindo o Zilmar parou na entrada esperando-me. Pela estrada eu passo direto sem perceber o escondido acesso, já que vinha em velocidade tentando alcançar o grupo. O Cristiano percebe o fato e sai ao meu alcance.

Parei no momento em que vi o Cristiano pelo retrovisor  e próximo havia o que seria um arremedo de rodoviária. Lá mesmo nos informaram que o posto de combustível da cidade não estava aberto. Ai ai ai, porque não enchemos os galões? Então ficamos com três problemas: um o fato do Zilmar estar desgarrado e, dois, a falta de combustível, o terceiro era a noite que se aproximava e faltavam 140 Km para chegarmos em San José de Chiquitos.


Rodamos a cidade procurando o Zilmar, o nosso Wally:


Onde está Wally?


Já estávamos com a luz de alerta de combustível piscando quando encontramos o nosso posto de gasolina:

Sim, é a vendinha em que compramos gasolina



 Uma atenta espectadora

 e agora fazendo pose

Agora um curioso gato japonês fazendo companhia ao Cristiano

Abastecidos, percorremos a cidade e nada do nosso Wally aparecer. Paramos e em conferência decidimos que o melhor, mesmo com a noite se anunciando, seria seguir para o Hotel Villa Chiquitana em San Jose de Chiquitos, hotel que o nosso mais novo amigo, Mateu (o francês agrônomo) recomendou informando que é de um outro casal de franceses o Jérôme e Sophie, realmente o hotel impressiona positivamente sob todos os aspectos: suites amplas com ar condicionado, inclusive no hall de entrada e sala de conviência, limpo, bem decorado e de culinária trivial bem saborosa. É um oasis.

Eu e o Cristiano volvemo-nos para a estrada em velocidade moderada diante do fator noite com animais na pista. Uma coisa boa foi o fato de nos livrarmos do calor de antes, que em dado momento  havia alcançado 41º. A medida que escurecia a temperatura caia lentamente e ao final já estava em torno de 31º.

Levamos um susto com uma vaca que lentamente atravessara a estrada obrigando-me a aplicar o alicate (manetes de freios) com força. Ufa!!!! saimos bem. No curso do caminho esperávamos que a nossa aposta de encontrar o nosso Wally no hotel que todos haviam ouvido do Mateu desse certo.

Quando entro na garage do hotel Villa Chiquitana, compro um portão. O moço que cuida da garage abriu apenas uma banda do portão e o tonto aqui esqueceu que a largura da moto é bem maior com os maleiros laterais. A moto inclina sem ir ao chão por conta de uma trava paralela de apoio da banda do portão que não foi aberta, assim nada de grave aconteceu-me e a moto saimos sem problemas. 

Mas para alívio deparo-me com a moto do Zilmar, o nosso Wally. Já estava tomando uma Paceña gelada e feliz com a nossa chegada. Relatou que assim que entrou em Roberó comprou um terreno na areia fofa, mas sem gravidade alguma física e material. Também procurou por nós sem lograr êxito, abasteceu a moto em outra residência dos nativos e pensando da mesma forma que nós, deu como certo a nossa estada no Hotel.


 Villa Chiquitana

 A família de franceses,os paulistas da Veraneio e em pé na direita o anfitrião Jérôme

 e da-lhe festa

 O feliz reencontro

O aniversário  de Elouane



Arquitetura das Missões Jesuítas em San Jose de Chiquitos

8 comentários:

Ludio disse...

Agora eh que a coisa vai ficar boa. Aproveitem!

Leo Michelstadter disse...

Nossa, dia animado de voces!!!! Acompanhando pelo site deu para ver que estava dureza resolver os tramites alfandegários.

Evanio, com certeza na hora do seu quase tombo meu estava atras pensando: "será que agora ele cai... "hehehehe ..

Grande abraço e estou acompanhando tudo pelo blog, nao deixe de postar novidades!!!

Soninha - BH disse...

Olha pessoal, lendo toda esta aventura até dá vontade de unir ao grupo, mas só vontade... rsrsr
Vou esperar a vontade passar para continuar acompanhando a aventura de vocês...
Espero que tudo continue redondinho como está até agora...
Um grande abraço a todos.

Adalto (Curitiba) disse...

Uma boa viagem aos nossos desbravadores !!!

Evânio. Fala pro Zilmar não gastar todo o dinheiro da aposentadoria dele comprando terrenos na Bolívia.

Stefano disse...

Fala Pinto Cunha! Que aventura hein. E ainda estão no começo. Estamos aqui em BH acompanhando seus "passos" e torcendo para que seja uma excelente aventura. Cadê a Tiça?Um grande abraço. Stefano e Ane

João Delfino disse...

Gostei do nome da equipe dos motociclistas "OS RADICAIS", assim, fico animado em tirar minha carta pra pilotar moto seguir vcs no futuro. Estou aguardando mais fotos da viagem, a amostra foi boa.
Abs - J.Delfino

João Delfino disse...

Gostei do nome da equipe dos motociclistas "OS RADICAIS", assim, fico animado em tirar minha carta pra pilotar moto seguir vcs no futuro. Estou aguardando mais fotos da viagem, a amostra foi boa.
Abs - J.Delfino

Celma Cabral disse...

Nossa... Estou adorando esse negócio de acompanhar vocês! Estamos ligados, viu. Por isso, postem sempre notícias, pois ficamos curiosos e loucos pra saber as novidades.
Cunhadão... você está lindo! E com uma cara ótima, hein?
Beijos